A Polimialgia Reumática (PMR) é uma doença inflamatória sistêmica, de causa autoimune ainda não totalmente esclarecida.
Ela acomete principalmente pessoas acima dos 50 anos, sendo mais comum em mulheres e em populações de origem europeia.
Sintomas musculoesqueléticos (os mais típicos)
- Dor e rigidez matinal: principal característica, surgindo de forma súbita ou em poucos dias.
- Localização: ombros (quase sempre), pescoço e quadris; pode irradiar para braços e coxas.
- Simetria: os sintomas são bilaterais, o que ajuda a diferenciar de outras causas de dor.
- Rigidez prolongada: geralmente dura mais de 45 minutos pela manhã ou após repouso, melhorando com movimento.
- Limitação funcional: dificuldade para levantar da cama, se vestir, pentear o cabelo ou se levantar de cadeiras, devido à rigidez e dor.
Sintomas sistêmicos (inflamatórios)
- Fadiga intensa
- Febre baixa (pode simular infecção)
- Perda de peso involuntária
- Mal-estar geral e perda de apetite
Relação com a Arterite de Células Gigantes (ACG)
Até 20% dos pacientes com PMR podem desenvolver Arterite de Células Gigantes, uma condição grave que pode levar à perda visual irreversível (clique aqui para saber mais).
⚠️ Nesse contexto, devem chamar atenção:
- Cefaleia nova e persistente (sobretudo temporal)
- Dor ao mastigar (claudicação de mandíbula)
- Alterações visuais (visão turva, visão dupla ou perda súbita da visão — emergência médica)
Diagnóstico
O diagnóstico da PMR é clínico, apoiado por exames laboratoriais e exclusão de outras doenças.
- Exames de sangue: VHS e PCR elevados (marcadores de inflamação).
- Exames de imagem: ultrassonografia de ombros e quadris pode mostrar bursite, sinovite ou tenossinovite.
- Fator reumatoide e anticorpos anti-CCP costumam ser negativos, ajudando a afastar artrite reumatoide.
Tratamento
O tratamento da PMR é muito eficaz quando iniciado corretamente:
- Corticosteroides: resposta rápida e marcante em poucos dias, o que reforça o diagnóstico.
- A dose é ajustada gradualmente conforme melhora clínica e laboratorial.
- Em casos refratários ou de intolerância, podem ser usados metotrexato ou outros imunossupressores para reduzir a dependência do corticoide.
Prognóstico e acompanhamento
A PMR geralmente tem bom prognóstico, desde que tratada e acompanhada adequadamente.
É fundamental:
- Acompanhar a evolução clínica com exames periódicos.
- Estar atento a sinais de Arterite de Células Gigantes, que pode surgir em paralelo.
👉 A Polimialgia Reumática tem tratamento eficaz e melhora rápida, mas precisa de acompanhamento reumatológico regular.
Se você apresenta sintomas semelhantes, procure um médico reumatologista para avaliação.